Foi deflagrada ontem em Natal a "Operação Sinal Fechado" que resultou na prisão de políticos, empresários e recolhimento e bloqueio de bens por conta de supostas irregularidades em contratos do Governo do Estado para trabalho de inspeção veicular. A fraude é estimada em R$ 35 milhões, o valor é o que se calcula ter sido ganho com as fraudes em registro de contratos de financiamento de veículos.
Ao todo foram cumpridos 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão expedidos pela juíza titular da 6ª Vara Criminal de Natal, Emanuella Cristina Pereira Fernandes.As investigações concluíram que a suposta quadrilha chegou a elaborar o próprio edital de licitação, direcionando-o para o Consórcio Inspar, além de elaborar os seus anexos e as respostas às impugnações de empresas concorrentes a este edital, garantido, assim, a vitória do referido consórcio.
As investigações da "Operação Sinal Fechado" também envolveram o ex-deputado federal e ex-senador João Faustino (PSDB) e os ex-governadores Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira de Souza (PSB).
O tucano teve prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça. Seus advogados tentaram revertê-la em prisão domiciliar. Faustino está acomodado no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Natal. Ele é apontado por atuar como lobista em "negociatas" e receber R$ 10 mil mensais de George Olímpio.
O ex-governador Iberê Ferreira é acusado de receber R$ 1 milhão em propina da quadrilha e é uma das 25 pessoas que tiveram bens bloqueados no esquema.
Citada pelo Ministério Público como a gestora na época da assinatura dos contratos, Wilma de Faria não se pronunciou sobre o caso. O filho dela, o suplente de deputado estadual Lauro Maia, é acusado de fazer pagamentos aos envolvidos no esquema e de ter recebido R$ 2 milhões de Edson Cesar da Silva, o "Mou", representante da Inspetrans.
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