quarta-feira, 6 de julho de 2011

53,3% das cidades do Rio Grande do Norte não têm plano de saneamento

A Lei do Saneamento (11.445/2007) é clara. Os municípios brasileiros precisam elaborar Plano Municipal de Saneamento Básico para poder receber recursos federais para investir em obras e serviços nas áreas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Entretanto, nem todos os municípios do Rio Grande do Norte demonstraram interesse em elaborar o documento, nem mesmo com auxílio oferecido pelos engenheiros da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN). 

Embora sejam fundamentais para traçar um diagnóstico do setor, os planos foram iniciados por apenas 46,7% dos municípios norte-rio-grandenses. Das cidades que começaram a elaborar os planos, 13 receberão a versão preliminar do documento agora em julho. Eles conterão verdadeiro diagnóstico da situação presente em cada cidade e suas necessidades e planejamento de ações para as próximas três décadas na área de saneamento básico. 

O primeiro grupo de municípios contemplados com a versão preliminar do Plano de Saneamento Básico é formado por Acari, Angicos, Apodi, Caraúbas, Caicó, Goianinha, Jardim do Seridó, Macau, Nova Cruz, Parelhas, São José de Mipibu, São Paulo do Potengi e Tangará. Em seguida, outros 10 municípios serão contemplados: Areia Branca, Assu, Currais Novos, João Câmara, Jucurutu, Macaíba, Pendências, Pau dos Ferros, Santo Antônio e São Miguel.

Leda Maria Donato de Sousa Cabral, assessora especial de Operações da Caern, destaca que todo o esforço técnico realizado está de acordo com a Lei do Saneamento e o caminho que se abre para os municípios envolvidos é o da busca pela universalização desses serviços.

A partir de 2014, a existência de planos deste tipo será fundamental para possibilitar o acesso aos recursos orçamentários da União. Cada município disciplinará, por meio da Lei, os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos.

Nesses documentos haverá metas de 2012 a 2015; de 2016 a 2026 e de 2027 a 2041, respectivamente períodos que compreendem o curto, o médio e o longo prazo. A prioridade inicial é a implantação de rotinas apropriadas de operação e manutenção dos sistemas de abastecimento de água, a recuperação de ramais de água e ainda a troca e instalação de novos hidrômetros, tanto na área urbana quanto nas comunidades rurais.

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